segunda-feira, 9 de julho de 2018

Estratégia alimentar na propriedade define sua lucratividade

A estratégia alimentar do rebanho é uma das principais atividades a serem analisadas em uma propriedade de bovinos de corte. Por ela envolver uma aplicação financeira muito alta, precisamos sempre estar atentos o quanto de recursos serão envolvidos na alimentação do rebanho.

                Segundo dados da Agroconsult, a margem de lucro por @ na década de 70 girava em torno de 47%. Hoje em dia gira em torno de 16%, uma redução comparativa de 31%.
                A partir desses dados conseguimos ver que cada vez mais precisamos ser estratégicos na aplicação dos recursos financeiros na propriedade, e que devemos não só priorizar a margem de lucro, mas o ganho por área e o desfrute do rebanho. Precisamos produzir mais, no mesmo espaço e em menos tempo.

                Ainda analisando os dados da Agroconsult 2017, quem produziu entre 1 a 3@/ha/ano obteve um lucro operacional de R$ 3,00 /há /ano. Enquanto que propriedades superintensivas que produziram cerca de 26 a 38@/ha/ano obtiveram um lucro opracional de cerca de R$ 1.343,00/há/ano.

                Quando o rateio do custo de produção foi analisado, observou-se que propriedades que tiveram produções de 1 a 3@/ha/ano investiram cerca de 11,19% do custo operacional em nutrição, enquanto que propriedades muito intensivas com produções de cerca de 26 a 38@/ha/ano tiveram um investimento de 35,13% do custo operacional em nutrição.

                De acordo com os dados acima, o que mais impacta em propriedades com baixo nível de produção é a depreciação, enquanto propriedades de alta produção o que mais impacta no custo total, tirando a reposição, é a nutrição.

Quando a propriedade decide investir em nutrição, num rebanho de recria-engroda, o foco do projeto deve ser o lucro por hectare e não somente a margem de lucro por arroba.

Podemos concluir que propriedades que investem em intensificação da produção, necessáriamente aumentam o aporte financeiro destinado a nutrição, consequentemente elevam a taxa de lotação do pasto, melhorando não somente o desempenho individual, mas principalmente o ganho por área.
Fonte consultada: Agroconsult

Autor: Thiago Abdo – Zootecnista
 CRMV-MS: 0853

Um comentário:

  1. Parabems pelo artigo.
    Indicadores importantes que vão ao encontro da sua abordagem: taxa de lotação+GMD, variáveis que estão em nossas mãos.

    Segundo ponto a observar é relação custo fixo x custo operacional.

    Deve girar em torno de 40x60

    Parabéns !!!

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